Tratar ecologicamente o esgoto em condomínios residenciais; mais que responsabilidade ambiental, fator preponderante na venda dos lotes

Parte do marketing 5.0, fatores ambientais tornaram-se decisivos na decisão de compra dos consumidores. Quando se trata do local de moradia ou lazer esses fatores são peça chave na hora de fechar negócio.

O tratamento de esgoto sanitário em condomínios residenciais pode ser um ponto forte e positivo para o empreendedor, ao mesmo tempo que poderá se tornar uma grande dor de cabeça, portanto, é preciso levar em consideração algumas questões.

 

Qual sistema adotar?

 

Existem no mercado diferentes opções para implantar uma ETE em condomínios, destacamos: sistemas biológicos e sistemas físico – químicos de tratamento.

O tratamento biológico é natural, realizado por bactérias que promovem a degradação da matéria orgânica. Em geral não consome energia, necessita de pequena área para ocupação e requer baixa manutenção.

Já o tratamento físico – químico consiste em transformar as impurezas em flocos, para depois retirá-las facilmente. Este tipo de tratamento demanda uma dedicação maior em termos de operação e manutenção, gastos com insumos (produtos químicos) e o consumo energético.

 

Licenciamento ambiental:

 

É importante o empreendedor realizar consulta prévia aos órgãos ambientais, pois as exigências podem variar de acordo com estados e municípios. Porém, de maneira geral os órgãos ambientais se orientam pelas Resoluções CONAMA 357/2005 e 430/2011, que é a legislação mais atual para lançamento de esgoto e proteção dos corpos d’água. Geralmente o parâmetro mais observado é o de remoção de matéria orgânica (DBO), ou seja, uma dica importante é saber qual a eficiência de remoção da matéria orgânica da ETE.

 

Local de instalação:

 

Uma recomendação importante é que a ETE seja alocada na etapa inicial do planejamento do empreendimento, principalmente por questões logísticas. Os sistemas biológicos ocupam áreas menores, no entanto, dependendo da quantidade de usuários do sistema, os tanques podem exigir uma área de até 150 m². Em contrapartida existe a possibilidade de enterrar o sistema, otimizando a área útil do empreendimento.

Realize a escolha do sistema com planejamento e muita pesquisa para proporcionar aos futuros compradores uma solução eficaz e ecologicamente correta.